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domingo, 3 de abril de 2011

Reencontro

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“Eu vim aqui me buscar. E aqui parecia ser longe, muito longe do lugar onde eu estava, o medo costuma ver as distâncias com lente de aumento. Vim aqui me buscar porque a insatisfação me perguntava incontáveis vezes o que eu iria fazer para transformá-la e chegou um momento em que eu não consegui mais lhe dizer simplesmente que eu não sabia. Vim aqui me buscar porque cansei de fazer de conta que eu não tinha nenhuma responsabilidade com relação ao padrão repetitivo da maioria das circunstâncias difíceis que eu vivenciava. Vim aqui me buscar porque a vida se tornou tediosa demais. Opaca demais. Cansativa demais. Encolhida.

Vim aqui me buscar porque, para onde quer que eu olhasse, eu não me encontrava. Porque sentia uma saudade tão grande que chegava a doer e, embora persistisse em acreditar que ela reclamava de outras ausências, a verdade é que o tempo inteirinho ela falava da minha falta de mim. Vim aqui me buscar porque percebi que estava muito distante e que a prioridade era eu me trazer de volta. Isso, se quisesse experimentar contentamento. Se quisesse criar espaço, depois de tanto aperto. Se quisesse sentir o conforto bom da leveza, depois de tanto peso suportado. Se quisesse crescer no amor.

Vim aqui me buscar, com medo e coragem. Com toda a entrega que me era possível. Com a humildade de quem descobre se conhecer menos do que supunha e com o claro propósito de se conhecer mais. Vim aqui me buscar para varrer entulhos. Passar a limpo alguns rascunhos. Resgatar o viço do olhar. Trocar de bem com a vida. Rir com Deus, outra vez. Vim aqui me buscar para não me contentar com a mesmice. Para dizer minhas flores. Para não me surpreender ao me flagrar feliz. Para ser parecida comigo. Para me sentir em casa, de novo.

Vim aqui me buscar. Aqui, no meu coração.”

 

Ana Jácomo – Cheiro de Flor Quando Ri – Essa moça tem a alma suave e escreve muuuuito lindo! Sou fã!

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Isso também me diz respeito!…

Trechos de um post muito bacana da Patrícia Daltro, do blog “ A Vida Sem Manual “. Me encanta a forma como ela escreve. Quando for gente grande também quero escrever assim. :0)

Quer conhecer um pouco mais dessa menina talentosa?! Clica AQUI Ó! Vai lá fazer uma visitinha e se encantar, como eu, com o mundo de suas palavras.

 

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“Não sei se é comum a todos, essa sensação de estranheza que a mim pertence. De não pertencer a nenhum lugar... Volta e meia penso se a Nave Mãe ainda demora muito pro resgate, ou se já passou e nem percebi. Seguir em frente num mundo que definitivamente não é o seu às vezes fica mais complicado.

Coisas que são ditas ou feitas em outros, ferem em mim, como se a mim fosse dirigidas as ofensas e preconceitos.

E, é tão cansativo explicar que chamar alguém de puta gorda, ou vaca gorda, ou gorda nojenta, sendo ou não através de um monitor, me atinge, por que sabe, eu sou gorda...

Cansativo também fazer-me entender que justificar agressor, questionando comportamento da mulher agredida dói em mim, mais do que chicotada, por ter vivido de tão perto cenas tão iguais, com pessoas queridas, e ter assistido sem poder fazer nada, a destruição psicológica das mesmas. (…)

 

(…) Não sei se é esse legado que quero deixar pro meu filho, um mundo onde as pessoas são pré-julgadas pela sua aparência. Onde beleza é sinônimo de caráter e o seu peso define sua índole... (…)

 

(…) E com tudo isso, eu só pergunto, Nave Mãe, cadê você? (…)”

 

Patricia Daltro –>A Vida Sem Manual

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terça-feira, 3 de março de 2009

Absoluta...

"Calhou que para mim não veio coisa fácil. Desde sempre foi assim. Uma sensação de estar só, um sentimento de não ser. Até entender que eu estava mesmo era em minha boa companhia. Mas ela se ausenta, vez por outra. E assim se seguiu a vida: a me mostrar que eu não iria pela boa e velha estrada. Eu pegaria os atalhos. Às vezes me pego querendo ser como, querendo ser que nem. Mas quando chego perto, descubro um todo mundo tão igual. No desejo de ser e não ser, de ir e não ir, na vontade de ser livre. No não saber o que é ser livre. Não saber o que é – um não saber. Tem hora que eu penso ter medo do que não sei. Depois eu me lembro: o que me dá medo mesmo é ter certeza. Que a minha sede é de vida e eu nasci agora há pouco."
Cristiana Guerra


Me deu vontade de chorar...
Sei que a intenção não foi bem essa, mas foi o que me deu vontade de fazer...
Tem pessoas que tem uma sensibilidade...
Que usam as palavras com tanta simplicidade e clareza, que nos emocionam.
Sem contar com a total identificação de sentimentos... rsssss
AMEI o blog da Cristiana!!! - "para Francisco"
Recomendo!!! o link está na minha lista de blogs preferidos. Confira!

Xêross
Raquel