domingo, 17 de fevereiro de 2013

A Grandeza da dor

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Para os terremotos a escala de Richter,

para os furacões, a escala de Saffir-Simpson,

para a força dos ventos, a escala Beaufort,

todas medem a grandeza do poder de estrago de cada força,

e para as nossas dores existem escalas?

Claro que não, a sua dor não tem tamanho,

não sai nas revistas, porque não dá para imprimir,

nem no seu blog dá para exprimir,

nem pintando com as mais variadas tintas,

quem é que pode sentir o que você sente?

Por isso, não se demore na dor,

não estacione nos pensamentos que te afligem,

que te  remetem ao momento onde ela nasceu,

revivendo a cada instante a mesma sensação,

a perda, a angústia, o desespero,

devem ser esquecidos, sob pena de reviver,

a mesma dor diversas vezes,

e se já foi difícil passar por ela uma vez,

imagine conviver com ela em flashback diariamente?

Derrame as lágrimas necessárias, desabafe mesmo,

a dor represada forma um rio com águas paradas,

e água parada apodrece, fede e cria bichos,

mas depois do desabafo, do choro, do viver o luto,

enterre o passado, deixe às águas correrem livres,

porque o rio sempre busca o mar,

e nós sempre deveremos buscar a felicidade,

num eterno ir e vir, começar e recomeçar,

não deixando a dor nos parar,

porque somos feitos na exata medida do amor

que desejamos viver.

 

Eu acredito em você

Paulo Roberto Gaefke

beijinho

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