“(…) - E então - retomei o fio principal da conversa -, o que acontece quando a centelha entra na mente do homem?
(…) - O bondoso Deus, o Pai, tão distante para a criatura humana, abandona o Paraíso e se torna sócio do mais humilde e do mais primitivo de Sua criação material. Eu te disse: é o mistério dos mistérios. Nem os anjos sabem como se dá essa descida. Ele se fraciona e aparece na mente humana. Deus dentro de ti e como garantia de que serás eterno. A centelha é a promessa do Pai de que um dia serás imensamente feliz. Essa presença divina, tão real quanto este fogo que nos aquece, é que te empurrará constantemente a busca-lo, a saber d'Ele, a querer ser como Ele. A centelha, uma vez em ti, acende a chama da necessidade.
- Que necessidade?
- A necessidade de saber quem és, por que estás na vida e o que te espera depois da morte. A necessidade e o anseio de encontrá-lo.
- Deus dentro de mim! Não posso imaginar.
Jesus deixou que a revelação - porque é o que era - se assentasse em minha mente. Depois prosseguiu:
- Sim, o Pai dentro de ti e não diluído.
- Deus, Abba, e em estado puro.
Isso, querido malak (mensageiro). O Pai, fracionado, mas não condicionado. O Pai sem misturas. Deus mesmo. Tal qual. Ele e só Ele. (…)
(…) Deixou-me alguns segundos no ar, pendurado no suspense. Sorriu levemente e disse com uma segurança que ainda me assombra:
- Ao se instalar dentro de ti, a presença do Pai, da centelha, provoca o nascimento de uma criatura belíssima que, pouco a pouco, muito lentamente, vai despertando. Essa criatura é o cálice sagrado no qual se formará tua verdadeira personalidade, teu eu. Uma criatura imortal. (…)
Pequeno trecho do livro que estou lendo agora: “Operação Cavalo de Tróia 9 – Caná – De J.J.Benítez
Nenhum comentário:
Postar um comentário