sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A lição do perdão

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O que você faria se, de repente, por uma circunstância qualquer, tivesse nas suas mãos a possibilidade de decidir a respeito do destino de uma pessoa que muito lhe prejudicou?
 
Alguém que estendeu o manto da calúnia e destruiu o seu bom nome perante os amigos? Alguém que usurpou, com métodos desonestos, a sua empresa, fruto de seu labor de tantos anos?
 
Alguém que tenha ferido brutalmente a um membro da sua família?
 
Será que você lembraria da lição do perdão, ensinada por Jesus? Será que acudiriam à sua mente as palavras do mestre Galileu: Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia?
 
Ou, ainda, a exortação a respeito de nos reconciliarmos ainda hoje com nosso adversário?
 
A propósito, conta-se que um escravo tornou-se de grande valor para o seu senhor, por causa da sua honradez e bom comportamento.
 
Dessa forma, seu senhor o elevou a uma posição de importância, na qualidade de administrador de suas fazendas.
 
Numa ocasião, o senhor desejou comprar mais vinte escravos e mandou que o novo administrador os escolhesse. Disse, contudo, que queria os mais fortes e os que trabalhassem melhor.
 
O escravo foi ao mercado e começou a sua busca. Em certo momento, fixou a vista num velho e decrépito escravo. Apontando-o para o seu senhor, disse-lhe que aquele devia ser um dos escolhidos.
 
O fazendeiro ficou surpreendido com a escolha e não queria concordar. O negociante de escravos acabou por dizer que se o fazendeiro comprasse vinte homens, ele daria o velho de graça.
 
Feita a compra, os escravos foram levados para a fazenda do seu novo senhor.
 
O escravo administrador passou a tratar o velho com maior cuidado e atenção do que a qualquer dos outros.
 
Levou-o para sua casa. Dava-lhe da sua comida. Quando tinha frio, levava-o para o sol. Quando tinha calor, colocava-o debaixo das árvores de cacau, à sombra.
 
Admirado das atenções que o seu antigo escravo dispensava a um outro escravo, seu senhor lhe perguntou por que fazia aquilo.
 
Decerto deveria ter algum motivo especial: É seu parente, talvez seu pai?
 
A resposta foi negativa.
 
É então seu irmão mais velho?
 
Também não, respondeu o escravo.
 
Então é seu tio ou outro parente.
 
Não tenho parentesco algum com ele. Nem mesmo é meu amigo.
 
Então, perguntou o fazendeiro, por que motivo tem tanto interesse por ele?
 
Ele é meu inimigo, senhor. Vendeu-me a um negociante e foi assim que me tornei escravo.
 
Mas eu aprendi, nos ensinamentos de Jesus, que devemos perdoar os nossos inimigos. Esta é a minha oportunidade de exercitar meu aprendizado.
 
* * *
O perdão acalma e abençoa o seu doador.
 
Maior é a felicidade de quem expressa o perdão. O perdoado é alguém em processo de recuperação. No entanto, aquele que lhe dispensa o esquecimento do mal, já alcançou as alturas do bem e da solidariedade.
 
Quando se entenda que perdoar é conquistar enobrecimento, o homem se fará forte pelas concessões de amor e compreensão que seja capaz de distribuir.

  Redação do Momento Espírita, com base em texto de autoria desconhecida e no cap. 18 do livro Trigo de Deus, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

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