quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Doutoras

mae e filho2

Certo dia, uma mulher chamada Anne foi renovar a sua carteira de motorista.
 
Quando lhe perguntaram qual era a sua profissão, ela hesitou. Não sabia bem como se classificar.
 
O funcionário insistiu: O que eu pergunto é se tem um trabalho.
 
Claro que tenho um trabalho, exclamou Anne. Sou mãe.
 
Nós não consideramos isso um trabalho. Vou colocar dona de casa, disse o funcionário friamente.
 
Uma amiga sua, chamada Marta, soube do ocorrido e ficou pensando a respeito por algum tempo.
 
Num determinado dia, ela se encontrou numa situação idêntica. A pessoa que a atendeu era uma funcionária de carreira, segura, eficiente.
 
O formulário parecia enorme, interminável.
 
A primeira pergunta foi: Qual é a sua ocupação?
 
Marta pensou um pouco e sem saber bem como, respondeu:
 
Sou doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas.
 
A funcionária fez uma pausa e Marta precisou repetir pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas.
 
Depois de ter anotado tudo, a jovem ousou indagar:
 
Posso perguntar o que é que a senhora faz exatamente?
 
Sem qualquer traço de agitação na voz, com muita calma, Marta explicou:
 
Desenvolvo um programa a longo prazo, dentro e fora de casa.
 
Pensando na sua família, ela continuou: Sou responsável por uma equipe e já recebi quatro projetos. Trabalho em regime de dedicação exclusiva. O grau de exigência é de 14 horas por dia, às vezes até 24 horas.
 
À medida que ia descrevendo suas responsabilidades, Marta notou o crescente tom de respeito na voz da funcionária, que preencheu todo o formulário com os dados fornecidos.
 
Quando voltou para casa, Marta foi recebida por sua equipe: uma menina com 13 anos, outra com 7 e outra com 3.
 
Subindo ao andar de cima da casa, ela pôde ouvir o seu mais novo projeto, um bebê de seis meses, testando uma nova tonalidade de voz.
 
Feliz, Marta tomou o bebê nos braços e pensou na glória da maternidade, com suas multiplicadas responsabilidades. E horas intermináveis de dedicação.
 COL522Sua-mae-influencia-mais-do-que-voce-imagina-nas-suas-atitudes
Mãe, onde está meu sapato? Mãe, me ajuda a fazer a lição? Mãe, o bebê não para de chorar. Mãe, você me busca na escola?
 
Mãe, você vai assistir a minha dança? Mãe, você compra? Mãe...
 
Sentada na cama, Marta pensou: Se ela era doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas, o que seriam as avós?
 
E logo descobriu um título para elas: :Doutoras-sênior em desenvolvimento infantil e em relações humanas.
mae-e-filho 
As bisavós, Doutoras executivas sênior.
 
As tias, doutoras-assistentes.
 
E todas as mulheres, mães, esposas, amigas e companheiras: Doutoras na arte de fazer a vida melhor.
 
* * *
 
No mundo em que os títulos são importantes, em que se exige sempre maior especialização, na área profissional, torne-se especialista na arte de amar.
 
Como excelente mestra, ensine aos seus filhos, através do seu exemplo, a insuperável arte de expressar sentimentos.
 
Ensine a difícil arte de interpretação de choro de bebê e de secar lágrimas de adolescente.
 
Exemplifique a renúncia, a paciência e a diplomacia. E colha, vitoriosa, ao final de cada dia, os louros do seu esforço nos abraços dos seus filhos e na espontaneidade de suas manifestações de afeto.
 
Redação do Momento Espírita, com base em texto de autoria ignorada.

coraespink

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