terça-feira, 22 de junho de 2010

Não se afogue em carências...

Pensamento para um Bom Dia HOJE:

O primeiro passo para chegar a qualquer lugar é decidir que não vais permanecer onde estás.
(J. Morgan)

Olá!!

Hoje, vim cumprir uma promessa de algumas semanas passadas. Quando escrevi, prometendo para o dia seguinte, falar sobre um tema hoje interessante, mas num passado não distante foi um verdadeiro martírio para mim.

Na época deixei uma pergunta. A pergunta que deixei no ar foi: Você já sofreu ou sofre de carência afetiva?

Se você, me fizer esta pergunta hoje eu responderei com toda segurança: JÁ.

Já sofri. Passei alguns anos entregue a este “distúrbio de comportamento”. Mas encontrei um anjo no meu caminho que me ensinou o caminho para uma saída.

Por isso hoje, tenho trabalhado inclusive nas empresas, onde atuo, na detecção destes sintomas em pessoas que, acabam de certa maneira influenciando negativamente em seus resultados profissionais.

Mas se você me perguntar, por que estou falando sobre este tema aqui, ocupando o lugar do professor Sigmar. Eu te digo: Da mesma forma que eu perdi e desperdicei muitos bons momentos da minha vida, por não compreender e muito menos aceitar, que era eu quem causava a maioria dos problemas em meus relacionamentos, fossem eles afetivos ou mesmo profissionais.

E o que é pior, sempre considerava que a culpa era do outro!

Mas o que é essa carência então e o que ela causa?

Sem entrar em termos técnicos ou da área da psicologia, posso dizer o que aprendi sobre mim mesma neste período, com ajuda profissional.

Quando eu estava carente, eu representava um obstáculo bastante difícil nos relacionamentos, sempre cobrava as pessoas com as quais me relacionava como se fossem elas as responsáveis por minha carência. Eu não assumia minha própria responsabilidade, além de sempre fazer o papel de vítima e acreditava que a vida é um jogo de sorte e azar.

Ah, desculpe-me falar assim, sobre mim mesma. Pois esta foi uma Martha, que já não existe mais, por aqui... E minha intenção é contar como o processo aconteceu comigo e através disso ajudar alguém que leia este texto.

Posso ainda dizer o seguinte: Se alguns destes pontos aqui coincidem com algo que esteja acontecendo com você ou alguém próximo de você, mas que você gostaria de ajudar. Recomendo: procure uma ajuda, de preferência profissional, com terapeutas, que estão preparados para auxiliar no processo de solução.

Entenda, que o ou a carente afetivo é inseguro(a) e está sempre pronto a agradar, demonstrar muito amor e muito controle, sem perceber que isso acaba por sufocar a outra parte, mesmo não sendo esta a intenção, tem a necessidade de controlar as pessoas e os relacionamentos, temendo perder, camuflando esse controle mostrando-se uma pessoa prestativa, sempre pronta a ajudar.

Funciona mais ou menos assim: a pessoa carente é na verdade, doente que deseja ardentemente amar sem conseguir. Como não consegue isso, passa a exigir ser amada, criando relações complicadas e frágeis. Acaba tornado-se alguém à míngua de amor, cultivando uma esperança de ser compensada.

Mas, quando é que se manifesta esta carência? Geralmente, é no carinho que não nos deram. Na falta da compreensão das nossas necessidades, do apoio que não nos foi dado, da atenção que nos é negada.

Quer dizer: sentimos-nos carentes quando depositamos nossas expectativas, anseios e desejos em uma felicidade distante de nós, damos a Deus, religião, pessoas, a responsabilidade de nos fazer felizes, porque nos sentimos incapazes de conseguir com o próprio empenho.

A carência surge quando você se desconecta do mundo e dos sentimentos daquilo que realmente preenche e gratifica sua existência e dá prioridade ao falso conceito de realização estipulado pela sociedade.

E ai, o que a pessoa carente faz? Corre atrás de um substituto para que suprir aquilo que outra pessoa lhe negou.

Qual a consequência disso?

Falo mais uma vez de carteirinha: Quando me esqueci de mim mesma, abri as portas para ser rejeitada, para ser menosprezada e para não ser valorizada pelo meu companheiro, e aí, muitas vezes não conseguia me satisfazer com o que recebia. Passava a literalmente sugar a energia das pessoas que se aproximavam e exigia a atenção constate deles, querendo agradar, querendo ser uma boa pessoa, até mesmo uma boa amante. Por medo de ser abandonada, fiz de tudo para ter meu companheiro por perto. Mesmo que a relação fosse ruim. Além de não me importar como ele se sentia.

Ainda vivia como uma baixa autoestima. Pois como eu não me gostava, também atraia quem não gostava de mim.

Mas, tudo isso passou. Passou já, há alguns anos.

E imagino que esteja se perguntando ou afirmando: “poxa, isso parece muito com o que está acontecendo, com uma amiga de uma amiga minha”... O que posso fazer?

Como já mencionei. Recomendo procurar ajuda. Aliás, isso foi a primeira coisa que o Professor, hoje meu amigo, disse: Martha, teu caso é sério. Você precisa de ajuda dum psicólogo!

Como já havia mostrado pra mim, que eu andava à beirada dum precipício, decidi que lá não iria cair.

Então, como não cair nessa armadilha?

Primeira coisa a fazer é aprender a priorizar sua vida, saber dar a devida importância a seus valores, valorizar suas ideias e crenças pessoais.

Aprender e estimular o contato com suas amizades e estar aberta a novas amizades ou experiências de vida, dedicar-se a um trabalho produtivo que goste e no qual você sinta-se realizada, ter vários prazeres em sua vida e principalmente não limitar sua existência e seu propósito de vida em função de uma relação.

Aprenda a deixar de lado a visão separatista, ou seja, parar de se dar classificações como: sou orgulhosa, sou vaidosa, sou ciumenta, sou egoísta... Temos uma tendência de nos apegarmos excessivamente a coisas e pessoas vem porque nos separamos do nosso eu divino, gerando insegurança e um constante medo da perda daquilo que depositamos nossa segurança.

Procure sempre praticar o bem. Quanto mais você descobrir que dentro de si existe uma enorme capacidade de doar amor,
Irá se sentir mais forte e capaz de lidar com suas limitações.

Você tem duas opções diante da carência: Ou é médicos de suas dores ou será eterna vítimas delas.

Descubra o potencial de amor e autoamor que existe dentro você. Isto te fará optar e se responsabilizar pela sua própria felicidade.

Este é o recadinho que gostaria deixar pra você hoje!

Beijos no coração e receba meu carinhoso abraço!

Martha Grannuzy
Consultora de Empresas
Aprendiz do Professor Sigmar



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