sábado, 19 de junho de 2010

A Hora Livre...


Talvez eu encontre uma hora livre
Para ser o que eu quero e fugir do mundo
Para me refugiar de tudo que me corrige
Até mesmo de um falso ensejo profundo.

Talvez eu encontre uma hora livre
Para me livrar da culpa de algum pecado
Que minha consciência quer e exige
Até de um delito que eu não tenha sonhado.

Talvez eu vire um semideus sensual
Que remova céus e montanhas
Em busca de uma alternativa natural
De lidar com minhas forças estranhas.

Talvez eu encontre uma hora livre
Num dado momento. Num dado instante
Num dado dia que a vida permite
Seja essa hora minha melhor amante.

Talvez eu vire o herói de uma história
Que, na verdade, ninguém quer contar.
Ou que seja publicado num livro de memórias
Livro este que ninguém quer comprar.

Ninguém quer conviver
Com seus horrores, anseios e lamentaçãos.
Ninguém quer reconhecer
Seus crimes, delírios e omissões.

Com certeza eu fugirei do futuro
Ou de qualquer outra coisa que eu tenha passado
Nas ramagens dessa opressiva bonança carmim.

Rubra da cor da minha centelha
Que gera todo tipo de incerteza
E eu beijarei todas as costas que estiverem voltadas para mim.

Marcio Rufino

2 comentários:

Marcio Rufino disse...

Me sinto muito honrado em ler meu poema neste belo e singelo blog. Muito obrigado pela homenagem. Bjs!!!

Luana Gomes disse...

Ola eu amei esse blog me senti muito feliz em ler suas postagens , espero que assim como eu outras pessoas goste m e curtam em divulga por que é isso que eu vou fazer.