Diante da alma
Minha alma se ressente do que não fiz,
se desespera com o medo que se apossa de mim,
reclama quando eu paro e deveria seguir.
Minha alma não entende o fracasso,
só reconhece o esforço continuo,
que é uma marca clara dos vencedores.
Quando choro e me desespero,
a minha alma se aflige com a perda de tempo,
não quer que eu pare para a lamentação,
minha alma sabe, que o amor que acabou,
já foi tarde, e outros virão.
Mas, pobre de mim, que além da alma,
carrego no peito um coração,
que enxerga apenas o momento,
e diante da dor, vive um sofrimento,
diante da derrota, solta um lamento.
Como conciliar, alma e emoção,
razão e coração?
Parece que a resposta vem em forma de rima,
da vida que se enche de poesia,
para explicar que a alma é um motor,
o coração um filtro depurador,
um empurra para a frente,
o outro se ocupa das emoções,
de não deixar pra lá a delicadeza,
a preciosidade desse instante em que você fica sem palavras,
e quando uma lágrima rola no seu rosto,
é a alma, que a contragosto, se emociona,
e percebe que não pode viver sem o coração,
que amor é tudo, mais que a própria razão.
Não se deixe enganar,
para seguir feliz,
é preciso amar!
Pense nisso...
Muita Paz!
Paulo Roberto Gaefke
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