segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Auto compaixão


Auto compaixão é um chicote moral que enfraquece o indivíduo de tal maneira,
que quanto mais ele se bate, menos se esforça para sair da dor.
Chega-se a um determinado estágio onde a pessoa se ausenta do mundo,
que cobra atitudes, que cobra responsabilidades e parece-lhe que é impossível viver.
Chamamos esse estágio de DEPRESSÃO.

Por isso, devemos procurar evitar esse estágio,
permanecendo alertas contra os pensamentos repetitivos de auto-censura
e principalmente, evitar o papel de vítima infeliz das circunstâncias.

Aquele que perdeu tudo na enchente, pode e deve chorar,
mas deve em determinado momento, o mais rápido possível,
enxugar o piso e as lágrimas.
Buscar soluções, por mais difícil que possa parecer.
Sempre haverá um amigo para estender a mão,
um parente que se importa,
uma ajuda do governo ou o que valha para “recomeçar”.

Assim, em todas as calamidades, sejam elas “pequenas”,
como nossos problemas sentimentais, que não viram manchete nos jornais,
a menos que virem crimes passionais,
sejam enormes, como terremotos ou tsunamis,
resta aos que sobreviveram, o agradecer pela oportunidade de estar aqui,
de poder refazer a sua história, ainda que faltando um ou mais pedaços…

Cuide então das palavras que você anda verbalizando por ai:

* Estou desesperado!
* Estou no fundo do poço!
* Não aguento mais a vida!
* Não suporto mais sofrer!
* Ninguém me ama, ninguém me quer.
* Comigo é sempre assim…

Todas são “lenhas poderosas” para aumentar o fogo do desânimo,
que acabam reduzindo as suas forças ao nada.
Você realmente se sente o “último biscoito esmagado do pacote”,
aquela primeira fatia do pão de forma que ninguém quer…

Em toda e qualquer situação,
seja o anúncio de uma grave doença,
a perda de um ente querido, a ruptura de um relacionamento de anos,
em todas, sempre haverá uma nova visão,
uma porta que se abre para uma maneira diferente
de encarar a vida ou a morte.

Só não se perca em lamentações,
em se fazer de vítima que não é.
Enfrente o problema, vença o desafio de superação que se apresenta,
depois da curva da miséria,
a riqueza de descobrir capacidades que não conhecíamos,
força que julgávamos não ter, e isso, por mais incrível que pareça,
é a plenitude, a verdadeira felicidade que bate a porta,
como arco-íris que surge depois da tempestade,
ou cheiro de terra molhada que faz a alma sonhar…

Você vai vencer, se já for feliz interiormente, não com o que poderá ter ou
conquistar, mas apenas com o que você já é: um ser de luz!

Eu acredito em você e na sua capacidade de superar-se!
Paulo Roberto Gaefke

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