terça-feira, 3 de novembro de 2009

Em tempo...

O que fica dos mortos?


O tempo é o trem que não apita na curva e não espera ninguém...

Recusar, nem sempre significa recuar…
por vezes, recusar é um ato de heroísmo,
quando abrimos mãos das facilidades do mundo.

Humildade não é resignação diante da miséria.
Humildade é reconhecer em cada pessoa, um membro da família,
ainda que um parente distante, sem afinidades,
é fazer por alguém, o que gostaria,
que alguém fizesse por você.

Simplicidade não é mediocridade,
pelo contrário, ser simples é difícil,
quantos tentam imitar a “embalagem natural” do ovo?
Parece tão frágil, mas é tão resistente,
tão perfeita em sua simplicidade., sem purpurina,
sem enfeites, por isso funciona.

Quantas pessoas conhecemos assim?
Tão bem vestidas ou revestidas de jóias,
de roupas da moda, e por dentro, “pão bolorento”.
Amargas, senhoras de si, arrogância no falar,
no destratar das pessoas.
Cheias de interesse…

Pena que não visitem o cemitério com frequência,
nem assistem ao desterro dos entes queridos,
pois ali, no caixão carcomido,
com resto de ossos e trapos,
está o futuro de todos nós.
A cova nivela a todos:
pobres ou ricos;
estudiosos ou ignorantes;
mendigos e milionários;
mas, a eternidade separa o joio do trigo.

De tudo o que fica de nós, só importa,
o bem que pudemos fazer.
Primeiro por nós mesmos no caminho da evolução,
depois pelo próximo, que na verdade, é apenas,
o reflexo de nós mesmos no espelho da vida.

Guarde-se do mundo e suas tentações fúteis,
busque o que é essencial para a alma,
pois o resto é como o trem que apita na curva,
passa tão rápido que poucos conseguem vê-lo.

Eu acredito em você e respeito a sua saudade…
Paulo Roberto Gaefke

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