quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Amor

Às vezes o amor parece ter seus próprios trejeitos
Porque não cede ao primeiro impulso do coração
Estabelecendo seu incompreensível preceito
De ora aceitar espontaneamente, ora apresentar um gélido não

Talvez o amor seja como as fascinantes montanhas
Que perseveram por milênios para transmitir serenidade
Assim, quiçá o amor queira criar suas delicadas façanhas
Para que seu florescer perdure por uma suposta eternidade

E ao lograr tornar-se incessante, provavelmente o sonho recôndito do amor
Seja transmigrar os limites temporais que assolam a física estrutura
Para que mesmo corporeamente extinguido, ele mantenha todo seu fulgor
Perceptíveis em amalgamas de luz, moléculas de zelo e átomos de ternura

Ou talvez o amor seja como uma sutil brisa
Que nunca se sabe de onde vem, nem para onde vai
Mas que quando passa encanta como uma excelsa poetisa
Ou inspira, edifica e fascina como o ubíquo Adonai

E ao tornar-se sublime e onipresente, quiçá ele queira dizer
Que sua nobre substância almeja estar por todos os lugares
Nas plantas, nos animais, no universo, no início e no padecer
Tranqüilo, consciente e transformador como todos os Avatares

Mas talvez o amor não se preocupe com todas estas lucubrações
E, portanto, ele apenas tenha o intento de seguir seu instinto
Que umas vezes repulsa por medos advindos de possíveis provações
Outras vezes aceita porque, de sua própria essência, ele mesmo esteja faminto

E ao demonstrar que ele não se manifesta por sentir medo
Mas que, às vezes, também sente saudades de sua substância
Ele inconscientemente nos revela o mais importante de seus segredos
Que é o infinito desejo de estar presente em todos e em todas as estâncias.

(Tadany – 04 05 08)

Poema 349

Somente pode apreciar a beleza de uma poesia
Aquele ser cujo refinamento transpõe a rudeza da existência mediana
Somente pode estimar e vivenciar valores morais no dia-a-dia
Aquele ser cuja consciência entende a valor de uma vida humana. (Tadany – 07 10 08)

Poema 136

Para chegar à porta da sabedoria
É necessário entender a natureza dos pensamentos
Para adentrar no reino da alegoria
É necessário conhecer todos os elementos. (Tadany – 21 03 05)

Poema 217

Um homem cuja essência tem valor
Quando recebe uma dádiva, a retribui com seu coração
E o seu mais afável penhor
É sua eterna e indizível gratidão. (Tadany – 18 10 05)

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