Talvez eu não saiba o quanto eu realmente te amo,
nem você, nem as estrelas que me acompanham.
Nesta noite fria e distante, meus olhos se perdem,
ora miram o vísível da noite, ora o invisível da mente.
Eu me perco nesta viagem, nesta saudade.
O coração sente a sua proximidade, mesmo tão distante…
Talvez o amor seja essa descoberta,
de que precisamos um do outro,
ainda que completos, ressentidos,
tão imaturos ou amadurecidos.
Inocentes ou calejados pela vida.
Vivendo do que fomos ontem,O meu dia é você!
pensando no amanhã,
descubro que te quero hoje.
E para isso não preciso de filosofia,
nem discuto com o analista, apenas sinto.
Sinto a sua falta como se fosse algo palpável,
como se existisse uma máquina capaz de medir,
e a dor da ausência é inexplicável…
Por isso, me perco nestas notas,
anotando o descompasso do meu coração,
para dizer o que não sei explicar,
queria apenas poder gritar:te amo,
ou quem sabe sussurrar: te desejo.
Me perder de vez nos teus braços,
para deixar de ser ausência,
e ser simplesmente calor,
escrevendo assim na eternidade,
a mais bela história de amor.
Paulo Roberto Gaefke
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