quarta-feira, 29 de abril de 2009

Consagrada Construção

  • A criança foi até o sótão e encontrou um caixote abandonado

    Levou até o seu quarto e o encostou à parede direcionada ao oriente

    Depois, no guarda-roupa, pegou seu paninho adorado

    E cobriu o caixote, que ficou macio e reluzente

    Caminhou até o jardim onde coletou uma pontiaguda pedrinha

    No caminho colocou água dentro de um pequeno pote

    E, antes de regressar ao quarto, ainda recorreu uma velinha

    E um pedaço de incenso que o lembrava um intenso archote

    Além disso, foi à sala e pegou uma foto da família

    Voltou ao quarto e dispôs tudo encima do seu apreciado cantinho

    Água, foto, pedra, incenso, vela, uma intensa alegria

    E uma estatueta daquele que ele considerava seu adorável amiguinho

    Enquanto isto, a Mãe que impressionada e alegre a tudo assistia

    Entrou no quarto quando viu a criança, em frente ao seu projeto, se ajoelhar

    E docemente perguntou sobre o que aquilo consistia

    Ao que a criança, inocentemente, respondeu: "Mãe, este é o meu altar!"

    A Mãe ainda mais curiosa, inquiriu: "De onde você tirou tanta imaginação?"

    A criança contestou: "Foi uma dica que recebi do meu amiguinho

    Aquele que todos os dias está com a gente durante a oração

    E que quando a senhora está triste, invisivelmente lhe faz carinho"

    E uma mistura de surpresa, emoção e alegria

    Invadiu a essência da Mãe, que começou a chorar

    Então a criança que, em sua inocência, sentiu uma sublime energia

    Convidou sua Mãe e seu amiguinho, para inaugurarem seu altar. (Tadany – 07 05 08)

Nenhum comentário: