domingo, 27 de março de 2011

As três peneiras

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Augustus procurou Sócrates e disse-lhe:

Sócrates, preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que
me contaram a respeito de...

Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu os olhos do livro
que lia e perguntou:

Espere um pouco Augustus. O que vai me contar, já passou pelo crivo das
três peneiras?

Peneiras? Que peneiras?

Sim. A primeira, Augustus, é a da "Verdade". Você tem certeza de que o
que vai me contar é absolutamente verdadeiro?

Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!

Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a
segunda peneira: a "Bondade". O que vai me contar, gostaria que os
outros também dissessem a seu respeito?

Não, Sócrates! Absolutamente, nao!

Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira. Vamos agora para
a terceira peneira: a "Necessidade". Voce acha mesmo necessário
contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante?
Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?

Não, Sócrates... Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que
nada me resta do que iria contar.

E Sócrates, sorrindo, concluiu:
Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros,
iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo.
Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia
entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer
comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao
impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras,
porque:

a) Pessoas sábias falam sobre ideias;
b) Pessoas comuns falam sobre coisas;
c) Pessoas medíocres falam sobre pessoas.

A Paz começa em cada um de nós ....

Desconheço a autoria

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Um comentário:

Rô... disse...

bom dia Raquel...

que possamos sempre descobrir o verdadeiro significado da palavra sabedoria...

beijinhos